Olá queridos leitores. Passou imenso tempo desde a última vez que cá estive a falar com vocês, nem parece real! 



A verdade é que a minha vida, tal como a de muita gente, suponho, deu uma volta gigante, e que volta… Tenho coisas para vos contar que acho que não pensei que o fosse fazer tão cedo.

Em primeiro lugar, para quem não me conhece e para vos atualizar, tenho neste momento 24 anos e continuo na mesma cidade de sempre: porto. Pois é, estamos a meio de uma pandemia que com certeza leva os nossos corações a um êxtase diferente daquele que imaginamos que seria o ano 2020, e o meu? Por enumeras razões:

1. Mudei de trabalho

No final do ano de 2019, com todo o orçamento familiar a apertar, submeti-me a um trabalho no qual odeio: restauração. Iniciei no final de outubro e desde então que a minha vida passou a ser trabalho, casa e casa, trabalho… mesmo vivendo a 1 minuto do mesmo, sentia que estava a quilómetros de distância de casa. Acho que nunca tinha chorado tanto na minha vida como naqueles meses, e imaginem? Comecei na época mais difícil do ano: NATAL! Era uma confeitaria/pastelaria e aquilo andava ao rubro. Fui tão abaixo que comecei mesmo a ponderar que não sairia dali nunca mais, contudo, há sempre algo reservado para nós e assim foi, optei ao invés de estar em baixo 24h/7d a mandar currículos para TUDO o que era sitio, e vi sinceramente a minha vida a andar para trás porque não tinha resposta para nada. Até que um dia, e isto muito resumidamente, a minha vida mudou. Passei de um sitio que não gostava a um trabalho, que, honestamente? Era o meu trabalho ideal, tem tudo haver com a minha área: Assistente Administrativa. Comecei por entrar na empresa onde estou hoje, como temporária, mas, meus caros leitores, se vocês se esforçarem sempre, garanto-vos que há lugar para vocês.

2. O meu trabalho: Assistente Administrativa Financeira

Meus amores, não é fácil. Este é o tipo de trabalho que não vos desgasta fisicamente, mas, psicologicamente? Cansa, esgota. É preciso gostar imenso da área para conseguir estar sempre no mesmo lugar, a todas as horas e minutos. Todos os dias da semana. É preciso esforço e dedicação para manter o vossos posto, para provar que são capazes, sobretudo, se forem como eu e não tiverem um diploma na mão. Neste trabalho, realmente, saiu-me a sorte grande, conheci pessoas incríveis e que tenciono levar para a minha vida toda: a minha querida Catarina. Tenho uma chefe simplesmente incrível e humana, não parece real, eu sei, mas acreditem: tenho mesmo. E nos próximos pontos, explicar-vos-ei o porquê. Contudo, este trabalho é o ideal da minha área, mas, como já vos referi, sou uma menina CHEIA de sonhos e é obvio que não vou parar por aqui. Porque posso não ter o mundo todo nas mãos, mas, sei que pelo menos 1/4 posso conseguir. 

3. COVI-D ´19

Entramos na parte que menos gosto de falar, o surgimento deste vírus imortal, que levou com certeza pessoas que vos são queridas e vos são eternas, aproveito já para vos deixar uma mensagem:

"Queridos e amados leitores, muita força. Sei que é difícil quando olhamos ao nosso redor e vemos o mundo conforme está, um caos que nos parece sem volta, pessoas incompreensíveis que jamais vão olhar para a nossa dor e ver que nos custa quando não cumprem com as regras. Ver os nossos parentes através de uma camara para acalmar os corações ofegantes de saudade. Saber que os nossos filhos não podem brincar livremente só porque podem ser assintomáticos e provavelmente levar o vírus para alguém que não o seja. Sei que é complicado quando existem perguntas que, a olho nu, não têm resposta. Quando vai acabar? Eu sei meus amores, até eu, todos os dias, me pergunto isso. Para terminar, quero desejar as minhas condolências a todas as pessoas que perderam alguém para este vírus sem noção. Inclusive eu, que perdi o meu avô, uma das pessoas que me criou com amor e afinco. Um beijinho grande, e tenham esperança de um mundo melhor."

Sei que não houve só perdas físicas, como economias. Houveram negócios que se extinguiram, pessoas a ficarem desempregadas, e no meio de tudo isto, dou graças ao destino de me ter feito ficar onde estou, pela minha empresa ter dado a oportunidade do teletrabalho, por ter conseguido conciliar a minha vida doméstica, da vida profissional.

4. Vou ser MAMÃ pela segunda vez

Foi assim que a vida me surpreendeu mais uma vez, no meio de um ano corrido e doloroso, veio a boa noticia: VOU SER MAMÃ, outra vez. Tenciono contar tudo ao pormenor num outro futuro post, para já quero só dizer que foi um início atribulado, que pensei mesmo que ia perder o meu posto de trabalho, contudo, e como já referi, a minha chefe é incrível e incansável. 

5. Perdi o meu terinho, a minha estrela: Avô

Por último, mas, não menos importante. Por conta do vírus e todas as consequências que este traz, perdi o meu avô materno. Friso que ele tinha antecedentes e não era propriamente uma pessoa saudável, entre diabetes, problemas crónicos e demência, ele lutou muito para cá estar. Foram imensos os momentos que tive com ele e é com isso que fico na memória: os bons momentos. Foi sempre um avô incansável e pronto a ajudar. Era brincalhão e dava os raspanetes mais sérios deste mundo. Um bom guloso era ele e fazia de mim igual. Vou recordar-me dele para a vida toda e um dia, estaremos juntos de novo.

Há imensa coisa que vos queria dizer, mas, se continuo por aqui, vocês, com certeza, que a meio fechavam a página. 

Obrigado por terem lido até ao final, e já sabem, fiquem por aqui e sigam-me também nas redes sociais para estarem mais pertinho de mim.

Um beijinho no coração,

Dina Araújo ♥