#02 Sou mãe | Relato da minha gravidez - 2º Trimestre

Olá, olá.

Para mim, o segundo trimestre foi sem dúvida aquele que me deu mais trabalho, só pelo simples facto de serem os meses das grandes decisões: nome, quarto, roupas e todos os outros utensílios e recursos de que um bebé precisa. Mas vamos por pontos para ser mais fácil.

Descoberta do sexo de bebé: 
Bem, nesse dia eu estava tão ansiosa que algo me dizia que não era o dia de saber o género do meu rebento, mas, ainda assim tinha aquela esperança de que: era o dia. Levantei-me bem cedo mais o papá porque nunca gostei de chegar às consultas (ou seja o que for) atrasada, ainda para mais no centro do Porto, cidade que não gosto de andar de carro porque é uma confusão descomunal. Quando cheguei à maternidade ainda não estavam médicos ao serviço, só para verem bem o quão cedo cheguei, contudo não me importei muito porque o que queria realmente era chegar com segurança e super tranquila para que a consulta corresse super bem. Quando finalmente chamaram por mim, os meus olhos começaram a brilhar e o meu coração a palpitar tanto que pensei mesmo que iria sair-me pela boca fora. Deitei-me na marquesa e o papá ficou mesmo ao meu lado, e esboçou um sorriso; na altura não entendi bem o porquê mas assim que ele disse à obstetra: "Doutora? Já sei o que é!", tremi por todos os lados e aí sim, comecei a ficar nervosa. Muitas pessoas me diziam que era menina, outras que era um rapaz e eu, para vos ser sincera, queria menina, mas tinha a sensação que era um menino e adivinhem? Não me enganei. Comecei a chorar, não por estar triste mas por perceber que era real e que o meu embrião já tinha um género: Baby Boy!

Nome do Baby Boy
Confesso que eu e o papá do bebé sempre tivemos gostos um bocado contraditórios, e para decidir o nome não foi diferente, tivemos diversas divergências porque ambos temos uma maneira difícil de lidar com a opinião um do outro, havia um nome de que ambos gostávamos e que estava fora de questão, Rodrigo, o porquê é bem simples: o papá do baby boy chama-se Rodrigo, logo à partida não queríamos que tivessem o mesmo nome, para uns engraçado, contudo, para nós é um bocado fora de contexto, é algo que já não se usa à bastante tempo. No meio de tantos outros nomes, optamos por um que nos é completamente especial, tudo porque houve um de nós (como casal) que teve de se adaptar: Santiago. O Rodrigo ao ínicio torceu o nariz, não porque não gostava do nome e sim por o achar demasiado comprido e complexo para futuramente o bebé aprender a dizer ou a escrever. Basicamente ele não imaginava o nome Santiago no nosso filho, correu tudo super bem porque nenhum de nós está arrependido, ele tem cara de e é um traquina como.

Roupas do Santiago: 
Há sempre aquelas pessoas super generosas que nos dão roupa, depois, existem as que são extremamente generosas e nos dão uma montanha de roupa e não podia estar mais agradecida por isso. Todos os que estão à minha volta nunca deixaram que faltasse nada ao Santiago, a começar pela roupa. Desde que me lembro de ter dado a novidade da minha gravidez, todas as semanas chegava a minha casa imensas sacas com roupa, e acreditem que não estou a exagerar. Óbvio que o Santiago vestiu roupa nova também e todas as pessoas lhe deram presentes no qual estava incluído roupa, mas maioritariamente da roupa do bebé foi dada e tudo isto porque graças a Deus tenho pessoas maravilhosas que me rodeiam e presenteiam com mimos e tudo aquilo que o meu filho precisa. A roupa que o Santiago vestiu na maternidade e saiu, era toda nova, mais uma vez eu sou muito supersticiosa e acredito que tenha algo haver com o tudo correr bem fora da maternidade. A única preocupação e trabalho que tive foi lavar novamente e guardar nas gavetas. Tinha todo um tipo de roupa, desde inverno a verão o que facilitou imenso a minha vida.

Quarto do Santiago: 
Vivemos em casa dos meus pais e por isso mesmo o Santiago dorme connosco no nosso quarto e, sinceramente, há de dormir até que eu e o papá tenhamos tudo reunido para lhe dar as melhores condições e um quarto só para ele e esta é a nossa realidade. Os meus pais foram super acolhedores, como sempre, e durante todo o segundo trimestre tivemos em obras e daquelas pesadas. Mudar a cor da casa, chão, aumentos e tudo para dar umas condições extraordinárias ao bebé. Para terem uma pequena noção, os meus papás trocaram de quarto comigo para que eu pudesse ter mais espaço para mim, o papá e o Santiago. Nós, estamos super agradecidos a eles e sem a ajuda deles nada era possível, mesmo. Foram duas pessoas que trabalharam e trabalham incansavelmente para nos ajudar como sempre fizeram. Todo o quarto foi pensado, desde móveis a berço. Queríamos ter cores neutras para que ao longo do tempo pudéssemos decorar ao nosso gosto com aquilo que através do nosso suor iríamos ganhando. Apesar de ainda não estar decorado a 100% e da maneira como queremos, temos sim as maiores condições que nesta altura podíamos desejar. Não há humidades nem qualquer tipos de inconvenientes. Estamos a adorar.

Outros utensílios e recursos para o bebé: 
Como é óbvio não adquiri tudo de uma vez, contudo sempre tive uma lista à mão para apontar tudo aquilo que o Santiago precisava, desde muito cedo fui comprando fraldas e toalhitas, cremes e champô e assim aos poucos fui construindo uma mala de essenciais para o bebé e no final deu tudo certo. A mala da maternidade não foi feita no segundo trimestre, visto que tinha a casa em pantanas e não tinha muito espaço para me preocupar com isso, além do mais, tudo apontava que não iria ter um parto precoce e por isso mesmo fiquei mais descansada e continuei o meu percurso normal e tranquila.

A realidade de uma mamã babada = 1 espelho - 1 foto


Foram três meses em que estive sempre muito calma, não tinha enjoos, desejos nem dores, a única coisa que me perseguia sempre era a azia, isso sim, era doze. Bebia leite, comia maças, açucar e todo o tipo de remédios caseiros mas de nada adiantava, continua ali a acompanhar-me todos os dias, horas e segundos, tirando isso, adorei estar nesta fase, não havia espaços para dúvidas nem receios. E não, por opção não tive aulas pré parto, mas isso é algo que vos falarei em um post só.

Então e vocês mamãs/papás?
Contem-me como foi o vosso segundo trimestre.

(...)
XoXo,
Dina Araújo 

4 Comentários

  1. Do primeiro foi mais fácil, do segundo foi muito cansativo... a segunda gravidez deixou-me de rastos.

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    1. Já tive várias impressões iguais. Há quem diga que a primeira gravidez é menos atribulada do que a segunda. Vamos lá ver quando um dia vier a caminho o segundo baby como vai ser a minha experiência! ❤️

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  2. Que post mais querido, ser mãe é lindo
    Queremos ver mais**

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    1. Obrigada querida! Está ser um quadro que estou a adorar escrever. 😘

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